domingo, 17 de julho de 2011

Retrospectiva Castlevania - parte 1

No mundo de antigamente onde livros que tomavam parte de todo e qualquer passa-tempo, Dracula de Bram Stoker popularizou o vampiro mais conhecido já criado, por trazer um romance e um terror peculiar. Logo após, Nosferatu chega ao cinema, se baseando na mesma historia do livro, porém, focado no horror citado pelo escritor.
Assim por diante, outras adaptações sempre focadas no horror foram criadas, e claro, os video games não poderiam ficar de fora disso, não demorou muito e o lançamento de Ghost Manor para o Atari 2600 viria, um jogo do qual mostrava o universo de Drácula de uma forma bastante criativa e interativa.
Pouco tempo depois, em 1986, Dracula, um adventure dividido em 3 partes para Commodore 64 foi lançado, mostrando então um lado bastante realístico pra época, com cenas sangrentas e bastante interatividade com os cenários, se baseando que Drácula queria deixar o mundo em trevas, tinha toda uma historia bem contada, assustava e mostrava um lado totalmente novo do que seria o mundo nas mãos do poderoso sanguinário.
No mesmo ano, a Konami que já era experiente em títulos de consoles e arcades planejou e lançou um título de plataforma que mudaria tudo, Castlevania para FamiCom Disk System seria lançado. Trazendo inimigos principais como o monstro de Frankstein, Medusa, Múmia(s) e até a Morte (sim, a Morte segue ordem do Drácula), o jogo era revolucionário e divertido, conquistando uma legião de fãs e garantindo o começo de uma nova era.
A versão americano chegou menos de um ano depois, com pequenas diferenças na qualidade visual, nos estágios e em forma de cartucho. O jogo de uma forma geral era o mesmo, trazendo toda a fantasia intacta, inclusive a brincadeira com o elenco que produziu o game nos créditos.
Vran Stoker e James Banana - referência a Bram Stoker e a outra pessoa da qual não faço ideia quem seja (risos)
O herói escolhido para enfrentar Drácula era Simon Belmont, contando com seu chicote (batizado de vampire killer) como arma principal, ele podia também usar armas secundárias, como uma adaga, água benta,  um machado, um relógio que pode congelar o tempo e uma cruz. O curioso do jogo é que ele usa corações como "magia" para utilizar as armas secundárias do jogo (coisa incomum referente a outros jogos, todos até agora usam corações como Life), valendo ressaltar também que o chicote pode ganhar até dois upgrades, sempre a partir do começo de uma nova vida.
Apesar de ser muito bem criticado, o jogo não vendeu bem e só foi realmente descoberto com futuros lançamentos, mas mesmo assim, o jogo com sua dificuldade realmente desafiadora recebeu vários ports e até  um remake muito bem feito para PSX (Castlevania Chronicles).


Um ano após, a Konami lança Vampire Killer para MSX, um jogo bastante parecido com o Castlevania, mas com utilização de chaves e outros itens mais complexos que o jogo original, deixando o lado de ação do título conhecido para um lado mais de busca, assim trazendo uma grande decepção também. 












Depois foi a vez de Haunted Castle, outro título com Drácula como chefe final, mas dessa vez para os Arcades e sem a mínima graça que a versão do NES trazia, com um cartaz bastante "estranho" para um game, fora o fator replay que não existia, não demorou muito para a própria Konami tirar ele do mundo.












Os fãs então começaram a aclamar por uma verdadeira sequência do jogo, eles queriam matar o conde Drácula com Simon Belmont numa aventura nova, eles queriam Castlevania 2.
Para os Japoneses, 1987, para os Americanos, 1988, foi uma longa espera, mas Castlevania II: Simon's Quest tinha chegado e daria continuação a caça dos monstros.
O formato do jogo tinha sido mudado, agora os corações não eram mais magias e sim dinheiro, você poderia visitar uma vila e comprar coisas, assim como também conversar com pessoas para lhe ajudar na aventura.

Você agora não teria apenas dois upgrades para o chicote, mas sim quatro e dessa vez seriam permanentemente. As armas secundárias também ganham upgrades, a adaga contém dois: Prata e Ouro, duas novas armas aparecem para substituir o Machado e a Água Benta, o Diamante e o Fogo Sagrado aparecem, valendo ressaltar também que a Cruz não é mais uma arma secundárias e agora mostra passagens escondidas.







O jogo também trazia diferenças no próprio universo conforme o horário do jogo mudasse, durante o dia haveria coisas que a noite não apareciam e vice-versa. Durante a noite os inimigos são dobrados e contém itens raros.






O jogo tem uma boa trilha sonora e apesar de aparentar ser um ótimo jogo, todos os fãs reclamaram dele ser tão confuso e trazer desafios chatos (como coletar vários corações), ao invés do desafio comum que é sobreviver e matar o inimigo. As dicas pelos NPCs do game são praticamente inúteis, a tradução do jogo é sem noção, fatos sem sentido acontecem, problemas com a programação do estágio aparecem e os jogadores começaram a perder suas cabeças, seria o fim de Castlevania?
Simon e o Tornado que o leva ao começo do jogo, uma coisa completamente non-sense

Fiquem ligados semana que vem na segunda parte da Retrospectiva de Castlevania.

Redator

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Estuda Jornalismo, adora redação, já trabalhou como freela no Portal Engenho (revista online de Gastronomia), e se admira com a mídia impressa. Gosta de compartilhar todas as novidades que fica sabendo desse mundo através de Blogs e de alguns Fóruns, isso se baseando em blocos de noticias gamer, como Hard News ou The Daily Fix. Além disso é baterista na teoria, chato na prática, adorador de Hora de Aventura nas horas vagas, e degustador de bolo de chocolate quando pode.